quinta-feira, 19 de março de 2009

Monome

Daft Punk e meia dúzia de aparatos

Faz um tempo já que expoentes da música eletrônica internacional usam computadores plugados em controladores e gadgets em suas apresentações. Tive inclusive uma conversa de bar com um amigo meu há alguns dias na qual discutíamos o fascínio muitas vezes exagerado e leviano que as pessoas criavam pelo meio, quando isso era algo novo, se esquecendo um pouco do produto, que é a música propriamente dita.

Lemur

Discussões a parte, a grande sacada é o fato de que, com um pouco de criatividade e paciência os suportes estão aumentando. Numa repaginada radical de grupos performáticos como o Stomp ou o Blue Men Group, a coisa agora ficou simplificada. Controladores existem para todos os gostos quase todos os bolsos. Desdo o ultra caro Lemur até a nova linha Nano da Korg, o lance é a liberdade que esses brinquedos proporcionam. Você pode programar como quiser o negócio, fazendo que qualquer um com vontade suficiente possa adaptar sua interface ao modo como deseja tocar.

Blue Men Group

Unindo tudo isso à onda do Open Source aparece o Monome. Dois sujeitos resolveram fazer um controlador totalmente programável em código aberto. O negócio é meio que de garagem mesmo. No site do projeto você pode inclusive ver fotos do que eles alegam ser a mesa de onde sairam todos os monomes que circulam pelo mundo e quando uma nova leva é posta a venda ela sempre se esgota em alguns minutos.



Por ter sido desenvolvido em código aberto, dezenas de softwares começaram a aparecer ao redor do mundo. Por aqui o único que vi usando é o Gui Boratto e tem um blog inclusive com um vídeo dele falando sobre o aparelho (aqui). O interessante é que ele tinha acabado de chegar de viagem com um Monome e um Lemur, que custa umas 15 vezes mais, mas é o Monome quem rouba a cena e o Lemur fica ali de lado, meio esquecido.

Gui Boratto e seu brinquedos de live

Enquanto não consigo pedir um nos pouquíssimos minutos em que é possível comprar, fico babando nos vídeos mesmo. Acompanhem-me.

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